Repórter Natália Ariede conta os desafios da profissão
- Camila Barbi
- 3 de jul. de 2017
- 3 min de leitura

A jornalista Natália Ariede, 35, que está há 11 anos na TV Globo de São Paulo, conta os desafios vividos dentro desta profissão que milhares de pessoas pensam em seguir.
Antes mesmo de escolher o jornalismo como profissão, Ariede pensou em fazer o curso de publicidade e propaganda e inclusive chegou a prestar medicina. E o gosto pela medicina explica o porquê das matérias favoritas dela serem ligadas à área de saúde. "Eu acho que foi quando eu consegui me realizar, juntar duas coisas que me interessam tanto: contar histórias e histórias ligadas à saúde, porque no fim das contas é o mais importante que a gente tem na vida, saúde", afirmou.
E como exemplo, ela citou duas reportagens, a primeira feita para o programa Bem Estar sobre uma menina chamada Jennifer que tinha vários tumores na cabeça e mesmo assim enfrentava o problema com muita força e a outra matéria realizada para o Jornal Nacional sobre a evolução de uma técnica na medicina que possibilitou a cura de uma menina chamada Giovanna, por meio de um transplante de medula que foi doada pelo irmão, que só nasceu por causa de uma técnica de seleção de embriões.
No entanto, como dificuldade de ser um jornalista nos dias de hoje, ela aponta o fato de que agora todo mundo é um pouco jornalista, pois várias pessoas têm um celular e uma rede social. Por isso, ela diz que atualmente os profissionais da área têm que lidar com alguns desafios. "O grande desafio é unir agilidade que esse mundo de hoje exige da gente e mais o rigor na informação que a gente não pode deixar de ter, porque é isso que diferencia um jornalista amador que tanta gente tenta ser de um jornalista profissional que tem credibilidade", disse.

Ela também diz que o profissional deve ter a consciência que uma reportagem pode mexer com a vida de uma pessoa, por isso o cuidado com toda a informação dada é essencial, já que esta pode gerar dano à vida de alguma pessoa, à uma cidade, bairro ou até mesmo um país.
E como dica para aqueles que desejam seguir a carreira de jornalista, ela aponta vários pontos. "Além das dicas básicas, que é gostar de ler, estar por dentro das coisas que estão acontecendo, nunca perder o senso crítico, nunca perder a capacidade de se indignar com as coisas erradas, porque a gente vê tantas que às vezes acaba ficando anestesiado e sobretudo nunca deixar a vaidade subir a cabeça e dominar todo o seu pensamento", afirmou.
E quando perguntada sobre o que dá sabor à vida dela, ela listou vários assuntos como: a família, o marido, amigos, o cachorro, praticar exercícios, correr no parque e as viagens que costuma realizar. Ela diz que as viagens são como o combustível dela e que até mesmo tem a ideia de fazer um blog sobre viagens, porém ainda não teve tempo de desenvolvê-lo. Mas não só esses pontos são importantes para a repórter, pois o trabalho também faz parte dos itens citados.
"O que dá prazer é pensar que não importa qual é o assunto, se é uma matéria de buraco na rua ou uma grande reportagem. Eu posso estar fazendo a diferença na vida de alguém, então isso me faz muito feliz com a escolha que eu fiz", disse Natália Ariede.
Fotos: cedidas por Natália Ariede
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